maldito transgressor

maldito transgressor
A hipnose é tão aconchegante...
O costume a inércia...
A responsabilidade em ser inteiro adormecida...
A verdade miando lá fora na chuva...
A Televisão que faz o tempo passar tão rápido e confortável...

Não ouço mais os gritos seus
Não ouço mais os gritos meus
Não ouço mais os gritos
Não ouço mais
Não ouço
Não
Ñ
~

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Palhaço por que?

Claramente tenho na minha alma o momento exato em que decidi ser palhaço. (Não sei realmente se teria outra opção, por isso a palavra "decidir" me soou meio engraçada agora, mas sigamos). Entre os quinhentos e vinte nove elementos em minha vida que me provocaram pra esse rastro, um especificamente foi o mais importante e aqui está ele:


Essa cena exata é responsável...  pera aí, minto, não é a cena, nem o Chaplin, mas certamente é também ... hahahahaha
As gargalhadas descontroladas do meu pai assistindo inúmeras vezes essa cena, sim, elas foram as reponsáveis pela minha escolha. Lógico, eu tinha que aprender a fazer aquilo com as pessoas! Nossa! Como eu entendi naquele instante, claramente, a magia que aquele pedaço de fita Betamax indo e voltando tinha!
Aquela bunda projetada que levava o tronco daquele louco genial a procurar a letra da música desopilava o fígado do meu pai que descontrolado, em risadas, peidava! Ou seja: de cú pra cú! Vocês conseguem conceber o tamanho disso?!?!?!? Sim, aquele lazarento, digo isso com o maior amor do mundo, estava curando meu pai décadas depois de ter realmente vivido aqueles movimentos! Errados por sinal! Movimentos errados, música errada, canção errada! hahahahahaha E o que é certo?!
Certo é que eu, aos meus doze anos, presenciei essa magia desse palhaço.
E o homem mais velho de nove irmãos, de uma família muito pobre de uma cidade minúscula que saiu de casa aos quatorze anos pra construir uma história improvável estava lá, diante dos meus olhos... Doutor Fernando, em plena anarquia de sentimentos e imitações, um bôbo, um retardado, lacrimejando, dançando com a bunda pra cima e gargalhando a ponto de se estudar toda a arcada dentária!

Nunca, nenhum outro palhaço, no universo, com excessão do Chaplin, fez tão bem essa cena como meu pai!

"Sing!! Never mind the words."

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