maldito transgressor

maldito transgressor
A hipnose é tão aconchegante...
O costume a inércia...
A responsabilidade em ser inteiro adormecida...
A verdade miando lá fora na chuva...
A Televisão que faz o tempo passar tão rápido e confortável...

Não ouço mais os gritos seus
Não ouço mais os gritos meus
Não ouço mais os gritos
Não ouço mais
Não ouço
Não
Ñ
~

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Risco


Eu sempre achei que um bom artista fosse aquele que pudesse me fazer acreditar que pode voar... que pode, simplesmente acreditando, se concentrar, pôr um pé no infinito e, na beira do abismo... não cair. Se entregar pra esse vazio e se preencher dele, e, já que a matéria é toda vazia mesmo, permanecer, só permanecer. Enormemente permanecido. Não necessariamente parado e não necessariamente no vazio o tempo todo, pra também não ficar parecendo que zomba desse risco. Mas talvez e só talvez, porque daqui hoje não sairão certezas... talvez permanecer no caminho, caminho esse que passa pelo vazio... mas que continua só pra ver no que vai dar. Aquele tipo de caminho que só a ele mesmo cabe entender. E ele sabe bem dele. E aí então por ele sim, por ele vale a pena voar...
E ser o próprio risco.

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