ALGUNS DOS GRUPOS ESPALHADOS PELO MUNDO

Palhaços sem fronteiras
http://www.clowns.org/Colômbia
Doctora Clown
http://www.doctoraclown.org/
Holanda
CliniClowns
http://www.cliniclowns.nl/
Risaterapia
Peru
Doctores Bola Roja
http://www.doctoresbolaroja.com/
Alemanha
Clown-Doktoren
http://www.clown-doktoren.de/index.html

Espanha
http://www.payasospital.org/
França


E.U.A.
Big Apple Circus Clown Care
http://www.childrenshospital.org/patientsfamilies/Site1393/mainpageS1393P4sublevel61.html


Gesundheit institute http://www.patchadams.org/






“E aí, receberam nosso relatório?”. Mas a verdade, e aqui vou confidenciar
a vocês, é que eu, se pudesse chamar essas mal traçadas linhas à minha
maneira, as chamaria de crônica. Pois tenho notado que a crônica, para os que
não sabem, tem muitas semelhanças com o nosso trabalho. Vou defini-la, antes
de tudo: dentre os gêneros literários ela ocupa um lugar “menor”, um pouco à
nossa moda, digamos assim, ela não pertence à classe dos cânones na literatura,
ou seja, conto, folhetim, novela, romance. A crônica normalmente é publicada
no jornal, e morre com ele no dia seguinte. Da mesma maneira nós, palhaç ...
ops, quer dizer, médicos besteirologistas, não pertencemos ao cânone teatral…
ops, quer dizer, à fina flor da medicina. Somos mais identificados com os peões,
os que fazem o trabalho braçal, os que no dia seguinte serão esquecidos e não
entrarão para o ranking dos imortais, tal qual a crônica, que por estar no jornal,
no dia seguinte vai embrulhar peixe. Nosso trabalho faz sentido no momento em
que está se realizando, e não é pensado para a posteridade. Ele existe à medida
que existe tudo que lhe está ao redor: tal qual a crônica. E, tal qual os cronistas,
somos convidados a extrair da realidade a poesia, o lirismo, a crítica, a graça e o
humor que nosso olhar puder extrair. A partir desse olhar criam-se fragmentos
de vida, de teatro, de literatura, que gosto de chamar de crônica. Mas o que é
belo na crônica, e também no nosso trabalho, é a rede invisível que a sustenta. Se
rasgarmos um pedaço de papel onde há impressa uma crônica, veremos que do
outro lado há um emaranhado tão complexo quanto é complexo um ser humano.
As crônicas são assim como os homens: à maneira de um tapete persa. Do
lado de cima, temos um desenho claro e harmônico. Mas ao virarmos do avesso,
vemos o emaranhado dos fios e dos nós que o sustentam."
Beatriz Sayad
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