maldito transgressor

maldito transgressor
A hipnose é tão aconchegante...
O costume a inércia...
A responsabilidade em ser inteiro adormecida...
A verdade miando lá fora na chuva...
A Televisão que faz o tempo passar tão rápido e confortável...

Não ouço mais os gritos seus
Não ouço mais os gritos meus
Não ouço mais os gritos
Não ouço mais
Não ouço
Não
Ñ
~

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Espetáculos! (Imagens)


                                              

ESPETÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁCULOSSSSSSSS!










O Mágico de Nós


A improvisação do famoso "Jogando no Quintal" em um espetáculo infantil - "O Mágico de Nós". Com idealização de César Gouvêa (fundador do grupo), os atores deixam de lado seus narizes vermelhos, mas não abandonam a espontaneidade e graça do palhaço. Com dramaturgia de César Gouvêa e Cláudio Thebas (Jogando no Quintal) e com Paola Musatti (Jogando no Quintal), Eugênio La Salvia (Banda Gigante), Hernani Sanchez, Anderson Bizzocchi (Os Barbixas) e Daniel Ayres (Grupo Batuntã) no elenco, a peça reestreou no dia 14 de fevereiro no SESC Avenida Paulista, após temporada de sucesso no Tucarena.

“Queríamos trazer a improvisação para o universo infantil e, como gostamos muito do Mágico de Oz, partimos disso para a criação do texto”, explica o dramaturgo Cláudio Thebas. No início, tudo igual. A pequena menina Dorothy é transportada ao mundo de Oz. Com seus sapatinhos vermelhos, precisa atravessar a estrada de tijolos amarelos e encontrar, com a ajuda do Mágico de Oz, o caminho de volta para casa. No trajeto, descobre um espantalho que queria ser gente, um homem de lata que sonha em ter um coração e um leão covarde em busca de coragem.

O desaparecimento de um dos personagens é o elemento que abre espaço para as improvisações. Para trazê-lo de volta, os atores e as crianças devem inventar histórias que agradem o misterioso mágico. “Quisemos mostrar que muitas vezes a adversidade pode se transformar no motor de propulsão para que a nossa imaginação abra caminho para novas soluções”, conta César Gouvêa, que divide com Cláudio Thebas a dramaturgia do espetáculo.

E é nesse momento que surge a mágica do espetáculo! Se contar uma simples história já é difícil, mais ainda é, através de sugestões da platéia, construir narrativas com começo, meio e fim que agradem adultos e seus filhos. Se alguém merece destaque por esse fato é o elenco de "O Mágico de Nós". Dinâmicos e hábeis, mostraram que estão preparadíssimos para mais uma temporada na apresentação de estreia no SESC.

Uma peça imperdível voltada para a família com diversão e muito aprendizado!

Serviço:
"O Mágico de Nós"
com Eugênio La Salvia, Paola Musatti, Anderson Bizzocchi, Ernani Sanches e Daniel Ayres.
Sábados e domingos às 16h00.
Livre.








PELO CANO
Grupo Jogando No Quintal
São Paulo / SP

A linguagem do palhaço e sua relação com os objetos traçam o caminho deste espetáculo clownesco.
Estes objetos são os dois canos. Um sifão de pia e um tubo cirúrgico, alguns rolos de fita crepe, uma nota de cem reais e uma televisão. O objeto é utilizado em diferentes formas que escapam da sua função cotidiana e utilitária.
Os dois canos e os outros objetos revelam novos espaços, emitem sons incorporando-se às músicas ou adquirem independência como se estivessem vivos. A relação entre as palhaças acaba por se confundir com a relação entre os próprios objetos.
O jogo do espetáculo está na capacidade do palhaço de transformar a realidade em que está inserido e estendê-la ao objeto. Esta relação que se estabelece entre as duas personagens através de seus objetos é o fio condutor da cena e pode nos levar para realidades inesperadas.
Uma afinidade mútua entre personagens e objetos de maneira lúdica e prazerosa que estimula a imaginação. É isso que vemos no espetáculo “Pelo Cano”, em que muitas cenas foram criadas nos quartos e corredores de hospitais, por meio de intervenções das palhaças que participam dos Doutores da Alegria.

Ficha Técnica
Criação, direção e atuação: Paola Musatti e Vera Abbud
Manipulação de objeto: Edu Amos
Cenário: Marisa Bentivegna
Figurino: Daniel Infantini
Iluminação: Marisa Bentivegna
Efeitos sonoros: Marcelo Lujan
Produção: Ludmilla Picosque Baltazar
Indicação: Livre
Duração: 60 min







Circo Zanni


O verão de 2003-2004 foi o momento inaugural da concretização deste sonho: na Praça Pôr do Sol, em Boissucanga, no Litoral Norte de São Paulo, estreou o Circo ZANNI, um grupo de artistas oriundos de diversas gerações de escolas de circo, seguidores de seus mestres e de sua arte.
A partir de recursos próprios, lona e equipamentos alugados e contando com o apoio da Prefeitura de São Sebastião, de comerciantes locais e da ajuda e do incentivo dos amigos, em 3 semanas realizamos 15 apresentações para quase 5000 pessoas.
Esta experiência foi definitiva para o passo adiante... Em 2004, nosso principal objetivo foi a conquista do espaço próprio. Foram dez meses de preparação e busca de recursos que culminaram numa sociedade de nove artistas dividindo a responsabilidade desta conquista. Finalmente em 20 de novembro de 2004, o Circo ZANNI fez sua temporada inaugural com lona própria em São Paulo.
Desde então, o ZANNI cumpre com seu compromisso de não ser mais um projeto eventual e sim um estilo de vida, uma forma peculiar de ver e fazer arte, realizando sessões para um público encantado não só pelo espetáculo, mas também por ver que o Circo continua vivo e seguindo seu caminho.






A Noite dos Palhaços mudos

Pesquisa que sempre se renova em cada um dos que se arriscam com o nariz vermelho, o palhaço tem o dom de permanecer incompleto ao longo da história das artes cênicas. Palhaço sem público reagindo, rindo, completando a obra é quase uma zorra-tot… ops, um não-palhaço. O único personagem que pode se dar ao luxo de ser ingênuo do início ao fim da uma apresentação e, o melhor, quanto mais naïve (ui), mais contagiante. Nesse ano que rodamos por aí, encontramos palhaços sem nariz, palhaços “clássicos“, palhaços “corifeus“, palhaços “políticos“, palhaços “críticos“, palhaços “palhaços“, mas ainda não tínhamos topado com palhaços mudos.
A sacada da história de Laerte, criada em 1987, impõe mais um desafio a quem quisesse adaptá-la ao teatro. O trabalho ficou a cargo da Cia. La Mínima, que transpôs boa parte das cenas concebidas por Laerte em A Noite dos Palhaços mudos, mas soube recriar a história à sua maneira. Nela, valeram-se de efeitos cinematográficos - o próprio palco italiano e as movimentações dentro dele nos remetem à “janela para o mundo” - e não tiveram medo de tirar um personagem que, a princípio, parecia central na história de Laerte e colocar um nariz em seu lugar. E como a peça veio depois de Matrix, todos os personagens que se assemelhavam com o agente Smith - os únicos que não são mudos na história de Laerte - foram unificados num só ator (que também é um palhaço, diga-se, sem nariz).
Mais que uma possível crítica às corporações e seus funcionários, na forma da peça - palco quase sempre limpo, pouquíssimos elementos cênicos, jogos de luz sem virtuoses - descobrimos que o potencial crítico do palhaço também está na criação de mundos a partir de muito pouco - fique bem claro que não estou dizendo “menos é mais”. A chave da montagem é o jogo que se estabelece com o público e o entrosamento do trio que parece ter se preparado além da conta.
Laerte estava presente na estréia e foi legal constatar que o cara - repito O Cara - consegue se divertir com a recriação de sua própria história. Ele, provavelmente melhor que todos naquela sala, sabe que sua história foi reapropriada, reeditada, recriada e que agora ele passou a ser no máximo um co-autor, o que já é um grande mérito, tendo em vista o resultado apresentado. Os quadrinhos brasileiros mal começaram a mostrar o seu potencial nos palcos e no cinema, mas pelo menos no caso dessa adaptação já saímos desejando que venham outros com o mesmo ímpeto criativo.
Fabrício Muriana

Palhaços Mudos revolucionam pela poesia e simplicidade


Não é de hoje a parceria entre o La Mínima, de Fernando Sampaio e Domingos Montagner, e Laerte. Em “Piratas do Tietê – o Filme”, de 2003, tendo Rogério Lopes como co-roteirista e Beth Lopes na direção, o universo do quadrinista teve uma adaptação muito bem sucedida, quase uma superprodução,
com elenco grande e ilustre no palco do Teatro Popular do Sesi.
Agora, com os “Palhaços Mudos” como protagonistas, a estratégia não poderia ser a mesma. A exuberância dos Piratas, que já mereceram revista própria e até hoje nomeiam a tira de Laerte na Folha, dá lugar a um humor contido, ao mesmo tempo ingênuo e melancólico, cuja delicadeza exige uma
encenação minimalista e uma técnica apurada.
Surgidos na revista Circo número 4, em 1987, foram considerados “personagens de uma história só” pelo próprio Laerte, depois de uma seqüência não tão boa três números depois (“Os Palhaços Mudos e a
Ameaça Nuclear”), mas permaneceram vivos na memória dos fãs.
São como uma alegoria felliniana à resistência contra a repressão militar. Com uma trama extremamente simples – dois palhaços invadem uma espécie de fortaleza do TFP para impedir a execução pública de um deles – a história vale como uma antologia de piadas essenciais, como se vê nos filmes mudos: pulam um portão que estava aberto, usam guarda-chuvas como para-quedas, etc.
O grande trunfo do La Mínima foi o de ter convidado Álvaro Assad para dirigir e adaptar o espetáculo. Diretor do “Centro Teatral e Etc e Tal” do Rio de Janeiro, que desde 1993 desenvolve a exigente técnica da pantomima, Assad acerta ao manter a simplicidade da trama original, mudando apenas a premissa: os palhaços se arriscam para resgatar o nariz emblemático de um deles, mutilado na primeira cena. A imagem de Sampaio desamparado, com um curativo no lugar do nariz, querendo se matar desajeitadamente, remete ao Baptiste de Jean-Louis Barrault no “Les Enfants du Paradis”: uma pantomima clássica, entre o melodrama e o teatro de bonecos. Fiel escudeiro de Sampaio, Montagner se beneficia com um grande achado do roteiro: seu personagem leva consigo um despertador que, quando acionado, obriga seu dono a executar um número de circo, sejam quais forem as circunstâncias. Completa o elenco, se desdobrando no papel de todos os inimigos de terno, Fábio Espósito, um dos melhores clowns que o Cirque du Soleil pôde ter, agora acessível a todas as platéias.

Embora a situação dramática única se dilua um pouco ao longo da peça, os achados cênicos, que anarquizam poeticamente os excelentes recursos de trilha sonora, luz e cenário, conseguem o mais difícil: reproduzem fielmente o clima non-sense de Laerte, que vem revolucionando diariamente a técnica de humor, sem fazer alarde e de peito aberto, como as crianças e os heróis da resistência política.

Escrito originalmente para o jornal Folha de São Paulo, no dia 02 de maio de 2008 por Sérgio Coelho







O Não-Lugar de Ágada Tchainik

Presa entre desastres, onde a sobrevivência é tudo, e cada próximo passo é uma decisão agonizante a ser – ou não ser – tomada, Ágada Tchainik aparece, convidando o público a segui-la, junto com seus “companheiros de estimação”, em sua viagem. Compulsiva, à beira de um ataque de nervos, com sua fala errante, ela torna o público seu grande parceiro, com quem interage, ora convocando sua ajuda, ora implicando com algum espectador, ora provocando, rindo, brigando. Conforme ela caminha por sua própria mente confusa, passeando por assuntos diversos, que vão desde lavar pratos até problemas diplomáticos, o drama de sua alma, ridícula e dolorosamente, se revela.
O espetáculo estreou em julho de 2004, dirigido pela canadense Sue Morrison, diretora artística do Theatre Resource Centre em Toronto e conhecida mundialmente por seu método de trabalho “O Clown Através da Máscara”, que mescla a tradição do clown sagrado das tribos indígenas norte-americanas com a do clown europeu.



Ficha Técnica Topo
Criado e escrito por: Naomi Silman e Sue Morrison
Atriz: Naomi Silman
Direção: Sue Morrison
Iluminação: Eduardo Albergaria
Construção de cenário: Abel Saavedra
Confecção de adereços: Abel Saavedra e Eduardo Albergaria
Apoio à pesquisa: FAPESP
Produção: LUME Teatro

“Necessitamos construir um palhaço que fale aos nossos dias de hoje, não só uma coleção de gags, mas um arquétipo que revela a essência do performer/ator. Este é um clown que nos dá uma sensação maior do divino em cada um de nós. Que celebra nossa humanidade, nossa animalidade e os momentos em que podemos tocar um ao outro através do riso”.
(Sue Morrison)



Cravo, Lírio e Rosa

Os palhaços Carolino e Teotônio chegam com suas malas. Dois grandes patetas que como lados de uma mesma moeda, se completam e se opõem, compondo um entrelaçar de situações ridículas e delicadas dentro de um universo de objetos lúdicos e surpreendentes. Com seus jogos e gags, danças e duelos que destilam uma afeição subliminar, esta inseparável dupla toca profundamente o espectador.
Construído a partir da interação da clássica dupla de palhaços: o “Branco” e o “Augusto”, imortalizada pela famosa dupla do cinema “o Gordo e o Magro”, as relações humanas são a matéria prima desse espetáculo, relação não apenas entre os dois palhaços, mas também entre eles e sua platéia - elemento sem o qual essas brincadeiras não poderiam acontecer.
Criado em 1996, já se apresentou por todo o país e também na Espanha, Finlândia, Egito, Israel, Bolívia, França, Equador, EUA e Itália.

Ficha Técnica
Criação e concepção: Ricardo Puccetti e Carlos Simioni
Atores: Ricardo Puccetti (Teotônio) e Carlos Simioni (Carolino)
Concepção e confecção de cenografia e acessórios: LUME e Abel Saavedra
Produção: LUME Teatro

“magnetizando o público... eles falam para nós de uma forma profundamente humana. ...Uma dedicação ao ofício da arte teatral. ...a beleza e a relação do teatro físico no seu auge.”
(Brenda Bishop, THE TIMES-STANDARD, E.U.A)







Inventário


O riso crítico
O riso e a crítica nem sempre foram vistos com bons olhos ao longo da história. Proibições morais e institucionais impediam sua livre existência. Em pleno século XXI, não temos mais estas amarras ideológicas no ocidente para nos reprimir, mas a liberdade também traz seus desafios. O riso e a crítica nem sempre são tratados com o respeito que merecem. Neste sentido, é maravilhoso encontrar um grupo de teatro que se propõe a encarar este desafio de frente e sem as facilitações que a maioria acaba optando. O espetáculo “Inventário” do Doutores Palhaços do Grupo Roda Gigante é um bom exemplo disto. A temática da vivência em hospitais, que é fruto das intervenções destes atores no mundo hospitalar do Rio de Janeiro, é instigante e ao mesmo tempo nos coloca contra a parede. Como a dor pode ser engraçada? Trabalhar neste limite é a maior virtude do espetáculo. Os atores e atrizes conseguiram extrair dos seres humanos que formam o universo hospitalar a essência da experiência humana diante do dolorido espectro da morte. Estes trabalhadores do teatro são muito sérios. Parece estranho quando estamos falando de artistas-palhaços. Mas, estar em cena e saber fazer, inclusive a autocrítica de suas próprias ações não é para qualquer um. Atores e atrizes que não caminham pelo fácil e que conseguem trazer a platéia para dentro da cena com segurança, sem medo de romper as paredes que normalmente se colocam entre ator e público. A técnica dos atores e atrizes está sob a pele, impregnada e orgânica, ela está a serviço do fazer teatral. Uma direção competente que sabe organizar o caos. Isto é ser diretor, não deixar que o excesso se imponha nem tampouco colocar os atores numa camisa de força. Direção que, mesmo investindo em cenas frontais, não deixa se perder o que ocorre ao fundo, tão relevante como o que ocorre no procênio. O “Inventário” é destes espetáculos que nos fazem rir e chorar. Emocionamo-nos muito ao longo do trabalho. Que bom ver a crítica inteligente e embasada e o riso que não é barato. A comédia é isto, coisa séria. Vida longa ao “Inventário”.

Lourival Andrade


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