maldito transgressor

maldito transgressor
A hipnose é tão aconchegante...
O costume a inércia...
A responsabilidade em ser inteiro adormecida...
A verdade miando lá fora na chuva...
A Televisão que faz o tempo passar tão rápido e confortável...

Não ouço mais os gritos seus
Não ouço mais os gritos meus
Não ouço mais os gritos
Não ouço mais
Não ouço
Não
Ñ
~

HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Mais Espetáculos! (Imagens)

SENHOR DODÓI
Gênero: Infantil
Duração: 60 min.
Direção: Angelo Brandini
Elenco: Claudia Zucheratto, Roberta Calza, Nereu Afonso da Silva e Thaís Ferrara
Senhor Dodói ganhou prêmio de melhor direção muscial com Fernando Escrich!

APCA - Associação Paulista de Críticos de Artes - escolhe os melhores das artes em 2008. Os críticos de São Paulo elegeram os melhores de 2008 nas categorias: Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Erudita, Música Popular, Rádio, Teatro, Teatro Infantil e Televisão.

Fernando Escrich, que é artista formador e coordenador de Expansão da organização, ganhou na categoria Teatro Infantil como melhor diretor musical pelo espetáculo Senhor Dodói! Eeeeeeee!









Sobre tomates, tamancos e tesouras

Roteiro e dramaturgia de Andréa Macera (foto), que atua, e de Rhena de Faria, que dirige. Realização Barracão Teatro
Por Redação

O espetáculo retrata um crime que envolve o uso de tomates, uma tesoura, um tamanco e a apresentação de uma artista de cabaré. Por meio de flashbacks, o espectador conhece uma realidade deturpada dos fatos.

O solo é criado por artistas de dois importantes núcleos de pesquisa da arte clownesca. Preste atenção em como no espetáculo, inspirado em clichês de filmes noir, a plateia é obrigada a tirar as próprias conclusões sobre o que de fato aconteceu.





A JULIETA E O ROMEU

Estado de São Paulo - Caderno 2 - sexta-feira, 17 de agosto de 2007 Com seu personagem, Esio Magalhães comove e nos faz rir de coisas singelas
CRÍTICA HUGO POSSOLO ESPECIAL PARA O ESTADO

Palhaço não nasce pronto. Fosse assim, grandes nomes como Arrelia ou Piolin, não teriam hesitado para entrar em cena a primeira vez. Ainda bem, que alguns persistem e aceitam a missão de se dar ao ridículo para fazer os outros rirem. É o caso de Zabobrim, fazedor de abobrinhas como seu nome sugere, interpretado por Esio Magalhães, do Barracão Teatro, de Campinas. Peço licença, não lá muito poética e quase deselegante, à sua parceria de cena, Mafalda, interpretada por Andrea Macera para me concentrar no excêntrico Zabobrim. Em A Julieta e O Romeu, que encerra hoje temporada no Teatro Fábrica, assiste-se a um palhaço daqueles que tocam fundo a alma de tanto que fazem a gente rir. Esio, ou melhor, Zabobrim leva a fundo sua tarefa, domina o tempo de suas brincadeiras, improvisa sem cerimônia e atua com o corpo, livre de imposições cerebrais, sugerindo que ele veio pronto. Mas é apenas parte da longa trajetória onde a capacidade intuitiva de Zabobrim foi forjada. Justamente a intuição, muitas vezes usada para menosprezar o ator que trabalhe independente dos ditames acadêmicos, é a grande fortuna da arte popular. Zabobrim não folcloriza o palhaço, mas satiriza a atuação dirigida e vigorosamente aplica-se em desfazer a lógica do pensamento hegemônico.Talvez o programa da peça se complique ao tentar explicar algo simples: estão ali para nos divertir, sem máscaras. Às vezes um nariz vermelho, que nada esconde quem o representa. O palhaço, por ser um arquétipo, é um pouco representação e um pouco o próprio ator. Só assim um palhaço é diferente do outro.Felizmente, Zabobrim segue a tradição pícara dos mestres do picadeiro. Emociona porque nos faz rir de coisas singelas, nos colocando em contato com uma ingenuidade que, por vezes, esquecemos ainda ser possível.Porém, não posso, simplesmente, dizer que gostei. Seria pouco. Sou apenas mais um palhaço que, aliás, poderia ser motivo de comentário, agradável ou desagradável, nessas mesmas páginas de jornal.Explico. Minha análise aqui tem função crítica. E, salvo raríssimas exceções, a crítica contemporânea dificilmente consegue enxergar a obra em seu contexto. Desconsidera o processo de trabalho do artista exigindo-lhe mais um produto de consumo que uma obra de arte. Pedir digestão rápida e boa embalagem, nesse globalizado mundo de resultados, tem transformado peças de teatro em latas de extrato de tomate. A crítica que se deixa ser guia de consumo prejudica o público, leitor de jornal, que ali busca orientação. Um apanhado subjetivo de ?gostei? e ?não gostei? reduz a complexidade da expressão artística a uma visão individualista que, em sua essência, não lê a realidade social, cultural e política na qual se insere a obra.Por exemplo, podemos ser bombardeados por uma avalanche de anúncios, que custam caro, divulgando um bom espetáculo internacional de palhaços, trazido por alguma grande empresa de entretenimento. A imprensa terá a tarefa de cobrir o evento. Que devemos fazer? Negar suas qualidades? Sermos xenófobos?Acho que não. Valorizemos os talentos que temos e sejamos oswaldianamente antropófagos. Sejamos Zés Celsos nus cavalgando pelas pequenas Ágoras desta cidade e usemos o poder do teatro.Assim, Zabobrim não pode ficar limitado a ser um bom palhaço. É mais. É um valor simbólico gerado sobre o circo brasileiro, que os meios de comunicação têm dificuldade em captar, dar visibilidade ou traduzir. É marca de um momento de maturidade de vários palhaços como o Padoca, de Fernando Sampaio, ou a Margarita de Ana Luíza Cardoso, ou o João Grandão, de Márcio Ballas.Representa a força que o palhaço brasileiro vem recuperando com publicações como Palhaços de Mário Fernando Bolognese, ou o mais recente O Elogio da bobagem, de Alice Viveiros de Castro ou ainda, saindo do forno, Circo-teatro: Benjamim de Oliveira e a teatralidade circense de Ermínia Silva.É, também, fruto da luta de vários artistas de Campinas que, há mais de dez anos, no bairro de Barão Geraldo, firmaram a opção pela descentralização da difusão e da pesquisa teatral.Talvez não precisássemos de Zabobrim para destacar isso. Porém, o espetáculo A Julieta e O Romeu traz uma clara metáfora sobre uma interpretação anacrônica, representada pela diva Mafalda, que é engolida pela avidez instintiva do palhaço e sobrevivente Zabobrim.Não se pode confiar nos palhaços, que dizem tantas bobagens que, de tão tolas, nos jogam de frente a verdades que passavam ao largo.Vai Zabobrim!... Segue dançando com tua vassoura, enche o mundo de abobrinhas que nem são tão abobrinhas assim, e varre com alegria a tal tristeza que vive a nos espreitar.
Hugo Possolo, palhaçoe dramaturgo, é também diretordo grupo Parlapatões e do Circo Roda Brasil.






                                                     JOGANDO NO QUINTAL

Tudo começou no início de 2001, quando os palhaços César Gouvêa (Cizar Parker) e Márcio Ballas(João Grandão) decidiram criar, nos fundos da casa de César, um espetáculo que unisse suas duas paixões: palhaço e improvisação. Daí nasceu o Jogando no Quintal – um jogo de improvisação de palhaços com toda a ambientação de um jogo de futebol: hino do clube, placar, bandeiras, juiz, jogadores e, é claro, a torcida.







César Gouvêa (Cizar Parker)


























Marcio Ballas (João Grandão)

















Vera Abbud (Emily)







Paulo Federal (Adão)








Rhena de Faria (Mademoiselle Blanche)



























Paola Musatti (Manela)


















Cláudio Tebas (Olímpio)





















Nando Bolognesi (Comendador Nelson)










Nando Bolognesi (Comendador Nelson)e Cláudio Tebas (Olímpio)









Allan Benatti (Chabilson)













Eugênio La Salvia (Manjericão)



















Lú Lopes (Rubra)














Marco Gonçalves (Fonseca)
















Gabriella Argentto, a palhaça Du Porto







Marco Gonçalves (Fonseca), Danilo Dal Farra (Gastão) e Álvaro Lages (Pelanca)

"Pessoal,
vcs são fantásticos, artistas fabulosos, daqueles que conseguem, realmente, nos transportar para outro mundo, o mundo do riso, da arte e da inocência de um palhaço! Assisti vocês na sexta, aqui em BH, me encantei pelo trabalho de vcs! Obrigada pelo momento, e que vocês continuem brilhando nos picadeiros do mundo! Parabéns! Um grande abraço."
Fran










Palhaços

Abaixo a reflexão do diretor da Peça "Palhaços" Gabriel Carmona: Para que serve o artista?
Não há resposta absoluta. Pode até ser perigoso dar utilidade a algo que, por natureza, é inútil, tal qual fazer amor, festejar ou pensar.
Mas mais perigoso, chato e emburrecedor, é o que acontece hoje. Como em muitos momentos da história ocidental, a arte torna-se novamente instrumento moralizante, como um domador de circo, a serviço da ideologia vigente que nos quer amortecidos, apaziguados.
A intenção é clara: levar o indivíduo para longe de si, da sua realidade e dos seus desejos mais profundos e legítimos. Sentimento torna-se sentimentalismo, opinião torna-se senso comum.
Não sabemos a resposta, mas sabemos que o diálogo entre artista e sociedade, como tantos outros, está infantilizado, mecanizado e muito aquém de suas reais possibilidades. A fama é um véu que separa duas pessoas iguais: criador e público. Estamos todos no mesmo barco!
Mas já não basta denunciar, apontar as deformações nas relações sociais, interpessoais e de qualquer âmbito. Agora, é preciso desmontá-las, descobrir o que leva alguns artistas a se colocarem como detentores da verdade salvadora ou prostitutos do dinheiro e da fama.
E descobrir também como parte do público transformou-se em mero consumidor de entretenimento, que não quer pensar, nem ser desafiado ou posto em cheque, mas somente, por alguns minutos, sair dessa vida monótona e maçante para entrar no reino da fantasia, onde o mocinho sempre vence e o mal sempre é o outro.
O espetáculo é uma tentativa desesperada de comunicação, de diálogo. É isso que queremos. (Gabriel Carmona)




"O Sapato do Meu Tio"(BA)                                                                      PS: quem não viu vá!



Se alguém me perguntasse de que matéria é feito O sapato do meu Tio, não saberia responder. Os sapatos são feitos geralmente de couro de um animal, antes esticado e posto no curtume, para o nosso conforto. Mas este espetáculo fala de pedras que ficam no sapato, incomodando. A fome, a convivência, o domínio da técnica, a recepção do público, a luta pela sobrevivência, a vontade de se superar e superar o outro, uma carroça, um par de sapatos, um palhaço e seu sobrinho-ajudante-querendo-também-ser-palhaço, o mestre-aprendiz e o aprendiz-mestre. Esses são alguns dos ingredientes de uma fábula sobre a transitoriedade da vida.(João Lima e Alex Simões)

Texto e atuação Alexandre Luis Casali e Lucio Tranchesi
Direção João Lima
Produção Selma Santos
http://osapatodomeutio.blogspot.com/

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